0

CBD - Canabidiol

CBD - Canabidiol

O Canabidiol é proveniente da planta de cannabis, que inclui várias espécies, como a Cannabis sativa e a Cannabis indica. O canabidiol é extraído principalmente das flores e folhas da planta, embora também possa ser encontrado em outras partes. Além disso, existem variedades de cannabis cultivadas especificamente para serem ricas em CBD e com baixo teor de THC, conhecidas como cânhamo. O cânhamo é uma variedade da planta que é utilizada em diversas aplicações, incluindo a produção de óleo de CBD, fibras e sementes.

Conhecido como CBD, é um composto químico encontrado na planta de cannabis sativa. Diferente do tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal composto psicoativo da cannabis, o CBD não provoca efeitos intoxicantes. Ele tem sido estudado por suas potenciais propriedades terapêuticas, incluindo efeitos anti-inflamatórios, ansiolíticos e anticonvulsivantes.

O CBD é utilizado em várias formas, como óleos, cápsulas e cremes, e tem ganhado popularidade no tratamento de condições como epilepsia, ansiedade, dor crônica e distúrbios do sono.

MECANISMO DE AÇÃO

O mecanismo de ação do CBD é complexo e ainda está sendo estudado, mas ele interage com o sistema endocanabinoide do corpo, que desempenha um papel importante na regulação de várias funções fisiológicas.

Aqui estão alguns pontos sobre como o CBD age:

  1. Receptores Canabinoides: O CBD não se liga diretamente aos receptores canabinoides CB1 e CB2, mas influencia a forma como eles funcionam. O receptor CB1 está associado ao sistema nervoso central, enquanto o CB2 está mais relacionado ao sistema imunológico.
  2. Aumento da Anandaida: O CBD pode inibir a enzima que quebra a anandaida, um canabinoide natural do corpo. Isso pode aumentar os níveis de anandaida, potencializando seus efeitos.
  3. Receptores Não Canabinoides: O CBD também interage com outros receptores, como os receptores de serotonina (ligados ao humor e à ansiedade) e os receptores vaniloides (relacionados à dor).
  4. Propriedades Anti-inflamatórias: O CBD pode reduzir a inflamação, modulando a resposta imune e diminuindo a liberação de citocinas inflamatórias.

Essas interações contribuem para os efeitos terapêuticos do CBD, que incluem alívio da dor, redução da ansiedade e controle de convulsões, entre outros.

COMO USAR CBD

O uso de óleo de CBD pode variar dependendo do objetivo e da forma como você se sente mais confortável. Aqui estão algumas orientações sobre como utilizá-lo:

  1. Dosagem Inicial: Comece com uma dose baixa, geralmente entre 5 a 10 mg de CBD, e aumente gradualmente conforme necessário. É importante observar como seu corpo reage.
  2. Método de Administração:

    • Sublingual: Coloque algumas gotas de óleo sob a língua e segure por 30 a 60 segundos antes de engolir. Isso permite que o CBD seja absorvido diretamente pela corrente sanguínea.
    • Mistura com Alimentos/Bebidas: Você pode adicionar o óleo a smoothies, saladas ou outras comidas, mas a absorção pode ser mais lenta.
  3. Frequência: Use o óleo uma ou duas vezes ao dia, dependendo das suas necessidades. Algumas pessoas preferem doses mais frequentes.
  4. Armazenamento: Guarde o óleo em um local fresco e escuro para preservar sua potência.
  5. Monitoramento: Acompanhe como você se sente após cada uso, anotando qualquer mudança nos sintomas ou efeitos colaterais.
  6. Evite Misturas: Evite consumir álcool ou outras substâncias que possam afetar a sua percepção enquanto estiver usando CBD, especialmente no início.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

Aqui estão algumas referências bibliográficas que podem ser úteis para entender o uso do CBD e suas propriedades terapêuticas:

  1. Whiting, P. F., et al. (2015). "Cannabinoids for Medical Use: A Systematic Review and Meta-analysis." JAMA, 313(24), 2456-2473. DOI:10.1001/jama.2015.5798.
  2. Iffland, K., & Grotenhermen, F. (2017). "An Update on Safety and Side Effects of Cannabidiol: A Review of Clinical Data and Relevant Animal Studies." Cannabis and Cannabinoid Research, 2(1), 139-154. DOI:10.1089/can.2016.0008.
  3. Devinsky, O., et al. (2017). "Cannabidiol in Patients with Treatment-Resistant Epilepsy: An Open-Label Interventional Trial." The Lancet Neurology, 16(3), 239-247. DOI:10.1016/S1474-4422(17)30096-8.
  4. Zuardi, A. W. (2008). "Cannabidiol: From an Inactive Cannabinoid to a Drug with Therapeutic Potential." Frontiers in Pharmacology, 4, 20. DOI:10.3389/fphar.2013.00020.
  5. Ben-Shabat, S., et al. (1998). "An Entourage Effect: Inactive Endogenous Fatty Acid Amides Enhance the Cannabinoid Receptor Antagonist Activity of Cannabinoids." Life Sciences, 63(7), 567-574. DOI:10.1016/S0024-3205(98)00285-9.

Essas referências abrangem estudos sobre a eficácia e segurança do CBD, além de suas interações com o sistema endocanabinoide e outros mecanismos de ação.


Se tiver mais perguntas ou precisar de dicas específicas, fique à vontade para perguntar!